Por Helena Y.
APOCALÍPSE Z – O
PRINCÍPIO DO FIM
Em 2010, o escritor espanhol
Manel Loureiro lançou um dos melhores livros de zumbis que eu já li, ou pelo
menos, dos últimos tempos. Sem aquela frescurada de romancear tudo (como
fizeram com os vampiros e lobisomens em “Crepúsculo”
e agora, também com os zumbis em “Sangue Quente” – ridículo). O nome do livro
(guarde bem) é APOCALÍPSE Z – O PRINCÍPIO
DO FIM, sendo esse o primeiro de uma trilogia.
A história é tão boa que te
prende do início ao fim, sem intervalos. E é tão louco, que mesmo sabendo que
ele o “herói”, a sensação de que o personagem pode morrer a qualquer momento, é
muito grande, tamanho são os perigos.
Na trama, você acompanha (e
muitos vezes eu me senti dentro da história), a vida de um jovem advogado, de
uma pequena cidade espanhola. Ele leva uma vida tranquila e rotineira, até que
um dia, tudo muda. O personagem começa a ouvir notícias sobre um incidente
médico ocorrido em um país remoto do Cáucaso, fatos que, apesar de corriqueiros,
chamam sua atenção a ponto de fazer com que ele registre suas teorias em um
blog.
No entanto, esses acontecimentos
incomuns ocorridos em um país distante começam a se espalhar por toda a Europa.
Em menos tempo do que poderia supor, o terror toma conta. Sem nunca ter visto
nada parecido e completamente vidrado pela notícia, ele mal se dá conta de que,
enquanto acompanha o desenrolar dos fatos de sua casa, a cidade onde mora
também está sendo invadida por aquelas bizarras criaturas. Isolado, apenas com
seu gato Lúculo e um vizinho, só lhe resta criar uma estratégia de fuga até
conseguir encontrar outros sobreviventes. Mas essa tarefa não é nada fácil.
Pra você que é fã de zumbis,
o livro é obrigatório. Agora, se você não é nenhum alucinado (igual a mim), mas
curte uma boa leitura, fica essa super dica.
Espero que gostem e tenham
uma ótima leitura.
OS HOMENS QUE NÃO
AMAVAM AS MULHERES
Primeiro volume da trilogia
Millennium, o suspense, muito bem montado e escrito por Stieg Larsson, traz a
uma discussão séria - violência contra as mulheres. O livro não trata do assunto
de maneira direta, mas utiliza como cenário a história do desaparecimento da
sobrinha, do empresário do ramo industrial Henrik Vanger.
Para desvendar o caso, o empresário
contrata Mikael Blomkvist, jornalista investigativo conhecido pela ousadia em
suas reportagens publicadas na revista Millennium. Uma delas, inclusive, lhe
rendeu um processo por difamação. A desculpa inicial para o contato seria a
biografia sobre a conturbada família Vanger. Assim, Mikael larga tudo e se muda
para a ilha onde mora a família. Em troca das respostas que Henrik procura, o
empresário promete a Mikael documentos que comprovem o caso relatado na
Millennium e sua inocência.
O empresário engana a todos
da família com a suposta biografia, e coloca Henrik a par de sua real tarefa:
desvendar o mistério que cerca o desaparecimento de sua sobrinha. O caso,
ocorrido há quase quarenta anos, intriga o homem até hoje devido às circunstâncias.
Depois desses acertos, somos
apresentados a Lisbeth Salander, a pesquisadora, contratada por Mikael, para
ajudar nas buscas por Harriet. Com tatuagens e piercings por todo o corpo, a
mulher, possui uma inteligência e memória fora do comum.
Destratada pelas leis do
estado, que a considerada incapaz de cuidar de si mesma Lisbeth passa maus
bocados nas mãos de seu tutor. E, diferentemente da imagem frágil, causada pelo
corpo raquítico, o leitor descobre que nem tudo é o que parece.
Os livros, inclusive, já
ganharam sua versão para o cinema. A mais conhecida, o remake do diretor David Fincher.